A língua Inglesa na África: opressão, negociação e reisitência
“Por que e para que estudar a África?”, pergunta autora na Introdução desta obra, que elucida aspectos fundamentais da história da língua inglesa no continente africano — uma história do passado que se reafirma no presente, quando a língua inglesa, antes atrelada ao imperialismo britânico e trabalhada como ferramenta do colonialismo, é fortalecida no pós-independência das colônias e dos protetorados, ao ganhar o status de língua oficial. Partindo da desconstrução de um conceito estereotipado de África, a autora explica que as reflexões apresentadas neste livro “são norteadas por uma ética ligada à subversão de discursos que inventaram uma África débil e servil, mais especificamente de um discurso que infere a inevitável superioridade da língua inglesa em relação às línguas africanas autóctones”. Em contrapartida ao discurso que promove o inglês como língua global e globalizante, A língua inglesa na África ressalta a importância social e política das línguas africanas, sobretudo no contexto educacional dos países africanos ditos anglófonos. Para fundamentar seu argumento, a autora reúne os mais importantes teóricos africanos que se debruçam sobre a questão linguística no continente, tecendo, assim, um diálogo produtivo e questionador. Este é, por fim, um livro despretensioso e bem articulado: leitura essencial para aqueles que estudam a(s) África(s) no Brasil.
Editora | Unicamp |
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ISBN | 978-85-268-0947-5 |
Edição | 1ª |
Ano | 2011 |
Páginas | 136 |
Formato | 16 X 23 cm |
Idioma | Português |
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