As anotações sobre pintura do Monge Abóbora-Amarga
A teoria pictórica chinesa, iniciada em meados do primeiro milênio (o mais antigo texto que nos chegou inteiro data do século IV) e adquirindo a sua maturidade na dinastia Song, quando a pintura de paisagem dos letrados se torna hegemônica, tem no tratado do pintor Shitao (1642-1707),As anotações sobre pintura do Monge Abóbora-Amarga, o que pode ser considerado o seu texto mais importante. Reflexo de uma vida inteira dedicada à pintura, As anotações, escrito com base nas grandes correntes do pensamento chinês — confucionismo, taoismo e budismo, além da literatura escrita pelos próprios pintores e estetas —, revela-se uma obra filosófica cuja principal preocupação não é a pintura ou os pintores, mas o Ato do Pintor. Mas como compreender pensamentos e reflexões tão distantes de nossa cultura? Por meio de um trabalho minucioso de aproximação, com explicações e comentários detalhados sobre as teorias e as práticas pictóricas chinesas. Foi o que fez o sinólogo belga Pierre Ryckmans ao escrever notas para cada um dos 18 capítulos do texto, tornando sua leitura compreensível aos não iniciados. Poético, situando a criação pictórica no mesmo nível da criação cósmica, o tratado de Shitao nos faz mergulhar na maior tradição de pintura paisagística da história: a pintura de paisagem do antigo Império do Meio.
Tradutor(es) | Carlos Matuck, Giliane Ingratta e Tai Hsuan An |
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Editora | Unicamp |
ISBN | 978-85-268-0882-9 |
Edição | 1 |
Ano | 2010 |
Páginas | 280 |
Formato | 16 x 23 cm |
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