Encontros inesquecíveis: relatos de cuidado e ética

Apresentação: um sonho real
Maria Julia Kovács

Introdução
Nely Aparecida Guernelli Nucci

Agruras de uma analista abandonada
Ana Célia Rodrigues de Souza

Dias que valeram viver
Ana Claudia Quintana Arantes

O dia de Maria
Ana Lúcia Coradazzi

A morte do filho: luto de um pai
Elaine Gomes dos Reis Alves

No limiar da vida e da morte
Elisa Maria Perina

Transformando retalhos
Gabriela Casellato

Transformando experiências ruins em coisas boas
Jussara de Lima e Souza

Transformar dor em amor: possibilidade para reverenciar o inesquecível
Karina Okajima Fukumitsu

A liberdade é um pássaro de asas quebradas
Marcelo Guernelli Nucci

Eu apenas queria que você soubesse...
Maria Júlia Paes da Silva

De mãos dadas...
Nely Aparecida Guernelli Nucci

A flor que o destino me ofertou
Regina Paschoalucci Liberato

Lúcia
Vicente A. de Carvalho

Encontros envolvem a reunião de duas ou mais pessoas em que afeto, toques, conforto circulam pelos olhos, mãos e alma, e compartilham energia. Têm grande proximidade com amor, amizade. Nas histórias aqui narradas, configuram-se como encontros entre profissionais de saúde e seus clientes em hospitais, ambulatórios, consultório e no domicílio, quando necessário.

Inesquecíveis são aqueles que não podem, não conseguem e não querem ser esquecidos. Fazem parte significativa da vida dos profissionais que aceitaram compartilhar, neste livro, suas experiências e falar de seus sentimentos, temores, tentativas, dúvidas e, principalmente, do quanto foram tocados pela dor, sofrimento, alegria e força de vontade no seu trabalho.

Frequentemente, temos acesso a obras em que apenas sucessos são ressaltados. Nesta leitura, em vários capítulos, apresentam-se confrontos com ‘erros’ que permitiram aos autores uma aproximação, de fato, da história de seus clientes e pacientes, muitas vezes bem diferentes do que supunham ser a verdade. São relatos de transformação.

Marcados por relações profundas e amorosas, estes encontros inesquecíveis ajudaram pessoas a trilhar caminhos pedregosos: as pedras podem não sair do caminho, mas o caminhante pode subir nelas, rodeá-las e vê-las menores, com menor perigo. O terapeuta não tira as pedras da vida de seu cliente, mas pode dar a mão, segurar, ajudar no equilíbrio quando se torna precário, fortalecer onde observa fragilidade e reconhecer onde há recursos. Não faz pelo outro, mas, sim, com o outro e, nesse processo, há o crescimento de ambos.