Psicologia Escolar e BNCC: criticidade e análise política

Prefácio

Apresentação

Capítulo 1
A BNCC e o trabalho em Psicologia Escolar em uma perspectiva crítica: riscos, possibilidades e desafios
Cássia Maria Lopes Dias Medeiros e Fauston Negreiros

Capítulo 2
Projeto de vida e a BNCC: análise exploratória e documental de currículos brasileiros
Alexandra Ayach Anache e Daniel Ventura Damaceno

Capítulo 3
Psicologia Histórico-Cultural e BNCC: análise crítica à formação continuada sob o aporte das competências socioemocionais
Soraya Cunha Couto Vital e Sonia da Cunha Urt

Capítulo 4
O currículo municipal de Bauru e a BNCC: limites da referência normativa à luz de uma perspectiva crítica de formação humana
Flávia da Silva Ferreira Asbahr e Silvana Galvani Claudino-Kamazaki

Capítulo 5
A Psicologia na Educação Básica: reflexões sobre a BNCC e a BNC-Formação de professores em Mato Grosso do Sul
Denise Mesquita de Melo Almeida e Luciana Lopes Coelho

Capítulo 6
Desenvolvimento infantil e aprendizagem na BNCC: análise à luz da Psicologia Histórico-Cultural
Rafaela Renero dos Santos e Janaina Cassiano Silva

Capítulo 7
Contribuições teóricas da pragmática do objeto para a BNCC na perspectiva da Educação Infantil
Vilma Gonçalves do Vale, Gabriela Sousa de Melo Mietto, Karina Cárdenas e Francisco José Rengifo-Herrera

Capítulo 8
A BNCC da Educação Infantil: navegando em um mar de contradições
Maria Auristela Barbosa Alves de Miranda e Luana de Melo Ribas

Capítulo 9
Significações sobre linguagem, leitura e leitor materializadas no documento da BNCC
Sandra Patrícia Ataíde Ferreira e Fabíola Mônica da Silva Gonçalves

Capítulo 10
As Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de graduação em Artes Visuais e a BNCC como balizadores e também inibidores do ensino de Arte com, sobre ou para a criatividade
Stela Maris Sanmartin e Asdrúbal Borges Formiga Sobrinho

Capítulo 11
E verás que uma filha tua não foge à luta? BNCC, racismo e a mulher preta
Marcelly de Oliveira Barros, Maria Gabriela do Nascimento Araújo e Fauston Negreiros

Capítulo 12
O neoliberalismo e o neoconservadorismo na BNCC: Deus, pátria e família
John Lennon Lima e Silva e Fauston Negreiros

Capítulo 13
Oficinas de Projeto de Vida e identidade com jovens do Ensino Médio na atual política da BNCC
Thalita Catarina Decome Poker, Victor de Godoy Matos e Iasmin Alves da Costa

Capítulo 14
O silenciamento da Natureza/Cultura nas Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil e na BNCC
Nathan Pedro Bernardo Rosa, Thaís de Jesus Avelino e Fauston Negreiros

Durante os últimos anos, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) foi pauta de significativos debates sobre educação no país. O documento é de caráter normativo e define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica.
Nos dias que correm em nosso país, a escola, a educação e os respectivos trabalhadores desse cenário têm sido alvo de muitos ataques, tanto pela lógica empresarial ter se tornado cada vez mais presente na gestão da educação no país, como pela circulação crescente de informações falsas, o avanço do conservadorismo, os atropelos às culturas, diversidades e subjetividades.
Trazer reflexões no campo da Psicologia Escolar e Educacional em uma perspectiva crítica, portanto, pode subsidiar o enfrentamento dessas adversidades que tendem a se desdobrar nas formas de organização do conhecimento escolar. Psicologia Escolar e BNCC: criticidade e análise política, ao reunir trabalhos inéditos por meio do olhar analítico de estudiosos da área, tem objetivo também de inspirar lugares de resistência ativa, produzindo-se a partir de duas frentes: em coletividade, levando em conta que resistências individuais não têm força de contraposição ao poder exercido pelo governo; de forma propositiva, capaz de apresentar alternativas às medidas do governo e de seus correlacionados. Essa forma de resistência é indispensável como estratégia de luta por uma escola livre das ingerências privadas balizadas pelos interesses do mercado.
A expectativa é de que a obra – que é produto da coletividade – entusiasme ações de coletivos nas escolas, e que tais coletivos sejam propositivos diante das lacunas e direções excludentes do documento oficial.