Rogers: ética humanista e psicoterapia
Mauro Martins Amatuzzi
Carl Rogers, figura do século XX, nos trouxe algo novo e revolucionário para a prática do atendimento psicológico firmada na postura de confiança irrestrita do potencial de cada um para encontrar os melhores caminhos para a superação de suas dificuldades. A contribuição básica do psicólogo, como de qualquer pessoa que esteja conversando para ajudar alguém com relação às suas questões pessoais, é oferecer uma caixa de ressonância onde a própria pessoa possa se ouvir, voltar às suas fontes humanas e, assim, vislumbrar um caminho.
Nenhuma das formas, anteriormente vigentes, de atendimento levou isso tão a sério. O pressuposto das outras formas é de que somente o psicólogo - detentor de um saber capaz de trazer solução - seria capaz de penetrar no misterioso mundo das causas escondidas do comportamento e de lá trazer luz para a pessoa em sofrimento.
O pressuposto de Rogers foi totalmente diferente. Sem negar o valor dos saberes psicológicos, ele deu um outro sentido à relação de ajuda. O que ele fazia, na prática, era facilitar ao outro o acesso às suas próprias fontes interiores. Estava convencido de que apenas isso seria suficiente para desencadear profundas transformações.
No início, pensava em transformações pessoais, mas logo percebeu que isso não ficava no âmbito individual: adotou a mesma postura com grupos e com comunidades e, com isso, inaugurou um novo modo de ser social e cultural.
Rogers foi um tanto radical, a ponto de gerar afirmações paradoxais em alguns seguidores: o saber do psicólogo de nada serve; o psicodiagnóstico é uma forma de dominação e acaba sendo contraproducente na ajuda ao crescimento; na relação de ajuda devemos abandonar todas as técnicas e procedimentos padronizados; todas as estratégias são pré-fabricadas; quem sabe o momento de encerrar o atendimento é o próprio cliente; existe uma sabedoria que emerge quando as pessoas se encontram em uma comunicação aberta e plena etc. Quando ele disse, em uma palestra, que não pretendia ser um revolucionário, o auditório deu sonoras gargalhadas (Rogers, 1978).
Nenhuma das formas, anteriormente vigentes, de atendimento levou isso tão a sério. O pressuposto das outras formas é de que somente o psicólogo - detentor de um saber capaz de trazer solução - seria capaz de penetrar no misterioso mundo das causas escondidas do comportamento e de lá trazer luz para a pessoa em sofrimento.
O pressuposto de Rogers foi totalmente diferente. Sem negar o valor dos saberes psicológicos, ele deu um outro sentido à relação de ajuda. O que ele fazia, na prática, era facilitar ao outro o acesso às suas próprias fontes interiores. Estava convencido de que apenas isso seria suficiente para desencadear profundas transformações.
No início, pensava em transformações pessoais, mas logo percebeu que isso não ficava no âmbito individual: adotou a mesma postura com grupos e com comunidades e, com isso, inaugurou um novo modo de ser social e cultural.
Rogers foi um tanto radical, a ponto de gerar afirmações paradoxais em alguns seguidores: o saber do psicólogo de nada serve; o psicodiagnóstico é uma forma de dominação e acaba sendo contraproducente na ajuda ao crescimento; na relação de ajuda devemos abandonar todas as técnicas e procedimentos padronizados; todas as estratégias são pré-fabricadas; quem sabe o momento de encerrar o atendimento é o próprio cliente; existe uma sabedoria que emerge quando as pessoas se encontram em uma comunicação aberta e plena etc. Quando ele disse, em uma palestra, que não pretendia ser um revolucionário, o auditório deu sonoras gargalhadas (Rogers, 1978).
Disponibilidade
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A Abordagem Centrada na Pessoa como Ética das Relações Humanas
Abordagem Centrada na Pessoa e Psicoterapia
Referências
Abordagem Centrada na Pessoa e Psicoterapia
Referências
Editora | Alínea |
---|---|
ISBN | 978-85-7516-530-0 |
Edição | 2 |
Ano | 2012 |
Páginas | 88 |
Formato | 14 x 21 cm |
Idioma | Português |
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